Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os anos de chumbo relidos pelo cinema

Filmes com estreia prevista para 2012 abordam temas como a vida de Marighella e a saga de ex-presos políticos para reconstruir suas vidas.
Enquanto a Comissão da Verdade aguarda os últimos trâmites legais para ser aprovada, dois filmes apresentados este ano em festivais chamaram a atenção da crítica e prometem trazer à tona, em 2012, pelo olhar da câmera, revelações e discussões sobre as sequelas deixadas pelo sombrio período da ditadura militar no Brasil.

O longa-metragem Hoje, dirigido pela cineasta Tata Amaral, foi o grande vencedor do Festival de Brasília deste ano, recebendo diversos prêmios, entre eles o de melhor filme. Inspirado no livro Prova contrária, de Fernando Bonassi, narra a trajetória de Vera (interpretada por Denise Fraga), que compra um apartamento com o dinheiro que recebeu do governo como indenização pelo desaparecimento do marido durante a ditadura militar.

Sua mudança simboliza a virada de página em sua vida. Ex-presa política como o marido, Vera também foi torturada. Mas sobreviveu, e ainda tem de lutar contra seus fantasmas, enfrentando a inusitada visita desse marido, de quem não tinha notícias desde 1974, e a culpa de ter realizado o sonho da casa própria com a verba da indenização.

Outra produção com estreia prevista para 2012 é o documentário Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, exibido pela primeira vez em outubro, durante o Festival do Rio. A diretora e roteirista, socióloga de formação, ficou sabendo, ainda menina, que um dos mais famosos combatentes da esquerda brasileira, Carlos Marighella, assassinado pela polícia política em 1969, era seu tio.

Isa retrata o percurso do “Tio” Carlos, desde a juventude na Bahia e a militância no Partido Comunista Brasileiro, passando pelas prisões durante a era Vargas, até se tornar o “inimigo público nº 1” da ditadura militar brasileira. Além do retrato histórico, a sobrinha também revela o perfil humano por trás do militante: Carlos era poeta, amante do samba e do futebol, e um tio carinhoso que teve de enfrentar a resistência, também, da família da mulher, que inicialmente não o aceitou por ser mulato e gói (não judeu).In: História Viva.
 

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