Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Antônio Conselheiro: Um peregrino pelo sertão.




Por: Elisonaldo Câmara

A implantação da República não alterou as condições sociais dos sertanejos, vítimas das dificuldades econômicas das secas e da opressão dos latifundiários, no final de 1870, um ciclo de secas devastou o sertão do Nordeste do Brasil, as poucas terras ainda produtivas concentraram-se nas mãos de grandes proprietários, e sobraram poucos empregos regulares para a população local. Por isso, muitas pessoas, em busca de trabalho emigravam para os seringais da Amazônia, para as fazendas de cacau no Sul da Bahia ou para as regiões cafeeiras do Sudeste.
Por volta de 1871, apareceu na região um peregrino em meio a esse cenário de devastação e pobreza, nascido na cidade de Quixeramobim no Estado do Ceará, Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido por conselheiro, andou pelo sertão nordestino durante muitos anos, pregando, aconselhando e conclamando a população a construir e reformar cemitério, igrejas, coordenava tarefas coletivas de construção de casas, açudes e colheitas agrícolas. Muitos passaram a segui-lo nas andanças e a divulgar suas mensagens religiosas.

Em 1883, o grupo liderado pelo Conselheiro se fixou nas terras de uma antiga fazenda Canudos, no norte da Bahia, as margens do Rio Vaza-Barris, a comunidade foi batizada de arraial do Belo Monte, cresceu rapidamente recebendo pessoas que fugiam das perseguições dos Coronéis, eram: sertanejos pobres e famintos, sem emprego nem perspectiva de vida e fiéis em busca de novas experiências religiosas. O número de moradores é incerto: alguns historiadores e autores estimam que atingiu cerca de 10 mil a 30 mil habitantes. Em Canudos foi organizado uma economia e base comunitária, em que todos deviam trabalhar para o sustento do grupo. Dedicavam-se á agricultura, ao artesanato e a criação de animais, toda a produção era dividida entre os membros da comunidade. O crescimento de Canudos incomodou proprietários de terras, líderes da Igreja Católica e autoridades políticas, que consideravam o movimento uma ameaça ao regime de propriedade de terra, baseada no latifúndio ao poder da Igreja e à República.


Em 1896, os governos baiano e federal iniciaram uma campanha militar contra Canudos. As três primeiras expedições, apesar da superioridade bélica do exército republicano, foram derrotadas pelas forças de Conselheiro. A quarta expedição formada por quase 10 mil soldados fortemente armados, conseguiram invadir e n totalmente  a comunidade de Canudos, em 5 de Outubro de 1897.








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