Prof.° Elisonaldo Câmara

Minha foto
Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

sábado, 4 de março de 2017

Coluna Prestes: Passagem pelo RN.



Principais representantes da Coluna Prestes.
   A Coluna Prestes ou Coluna Miguel Costa Prestes, representou um dos movimentos tenentistas de cunho político- militar, ocorrida entre 1925 a 1927, no período conhecido como “República Velha”, durante o governo do presidente Artur Bernardes. Defendiam como bandeira ideológica  dentre outras coisas, a reforma educacional (acesso ao ensino público e primário), a reforma social (abolir a desigualdade social), a reforma política (democracia e voto secreto), a liberdade dos meios de comunicação e o fim da exploração dos coronéis, bem como o sistema de "voto de cabresto" (voto aberto). Os tenentistas formados em grande maioria por militares (sobretudo capitães e tenentes) estavam insatisfeitos com as formas de governo, e exigiam a destituição do presidente bem como o fim das oligarquias rurais (elites agrárias) que dominavam a cena política do país. A partir disso, diversos levantes militares foram realizados desde 1924, com destaque para a Revolta dos 18 de Copacabana, a Revolução de 1924, a Comuna de Manaus e a Coluna Prestes.
 A coluna Prestes penetrou no território potiguar pela zona Oeste, fronteira com o Estado do Ceará. Governava o Rio Grande do Norte o Dr. José Augusto Bezerra De Medeiros, ligado a oligarquia algodoeira na região do Seridó potiguar. No Rio Grande do Norte, apenas duas cidades fizeram parte do percurso do grupo: São Miguel e Luís Gomes. Na terra de Santana, segundo relatos dos moradores, os revoltosos seguiram pela ladeira dos Miuns e, em seguida, para o Sítio Imbé, na residência do destemido Major Baltazar Meireles, na tarde de 04 de fevereiro de 1926. Os insurgentes que compunham o agrupamento eram em torno de 1400 homens e por volta de 100 mulheres. Naquela localidade o “Cavaleiro da Esperança” relatava a situação do país, os objetivos da Marcha, no intuito de engrossar as fileiras daquela expedição. Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, líderes daquela insurreição, juntamente com os demais, traçavam estratégias para evitar confrontos com forças repressivas e seguir a jornada com segurança. Apesar do ideário libertador e de defensores da pátria, a Coluna tomou atitudes, muitas vezes, de desordeiros e de impatrióticos, ao saquearam a fazenda, recolhendo mantimentos, além de abater animais e incendiar cercas e canaviais e ameaçar a vida do proprietário, que teve a vida preservada por conta das súplicas da própria esposa.


A Coluna Prestes chegou à sede de Luís Gomes no  dia 05 de fevereiro de 1926. O comando maior se instalou na estação telegráfica e demais homens ficaram à espreita pelas ruas e redondezas, em vigília. Depois desativaram o telégrafo para evitar qualquer informação sobre o grupo revoltoso, soltaram os presos da cadeia, distribuíram cortes de tecidos a moradores, destruíram documentos do Cartório Oficial e saquearam os estabelecimentos comerciais, principalmente aqueles que se encontravam fechados. Finalmente deixaram Luís Gomes e seguiram para o Estado da Paraíba, para o município de São João do Rio do Peixe.

 













   





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Envie suas dúvidas para o professor Elisonaldo

Nome

E-mail *

Mensagem *