Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Dia Nacional da Consciência Negra.

Os negros foram trazidos da África por volta de 1530. Durante mais de 350 anos, a maior parte do trabalho no Brasil foi realizada por essa mão-de-obra escrava. Além de sustentar a economia, eles ajudaram a enriquecer a nossa cultura. Hoje os afro-brasileiros representam quase metade da população e sua influência está presente na música, na dança, na língua, na culinária, no folclore... Com tantas contribuições para a cultura do país, os negros passaram a valorizar mais a sua identidade. Para preservar essa história tão importante, há cerca de 30 anos se comemora no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra. Nessa data, em 1695, ocorreu a morte de Zumbi, o maior líder dos quilombos de Palmares, que representou a mais forte comunidade de escravos fugidos nas Américas, com uma população de mais 30 mil pessoas. Nessas povoações, eles resistiam ao escravismo e lutavam pela liberdade. Palmares durou cerca de 140 anos. No dia 20 de novembro, comemoramos o Dia da Consciência Negra. Em todo o país acontecem eventos que lembram a história dos negros, falam sobre a cultura dos povos africanos e a importância deles na nossa sociedade. Os africanos chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos a partir da metade do século 16. Embora o fim da escravidão tenha sido declarado com uma lei em 13 de maio de 1888, a homenagem é feita em 20 de novembro. Isso porque nesse dia, no ano de 1695, foi morto um importante representante dos negros: Zumbi. Não se sabe muito sobre a história de Zumbi, pois os poucos registros sobre ele foram feitos pelos portugueses que colonizaram o Brasil e eles podem ter distorcido os dados. LUTA POR LIBERDADE. O que se sabe é que Zumbi era um homem forte, nascido no Brasil ou na África, que queria acabar com as condições ruins em que seu povo vivia. Ele era o líder do Quilombo dos Palmares, uma vila que ficava entre Alagoas e Pernambuco. Quilombo é uma palavra africana que significa povoação. E dava nome aos esconderijos que abrigavam negros fugidos de seus senhores. O Quilombo dos Palmares surgiu no final do século 16 e ficava no meio da mata. Ele existiu durante cerca de 100 anos e deve ter abrigado até umas 20 mil pessoas. No começo, Palmares era bem isolado. Para sobreviver, os habitantes caçavam e plantavam alimentos como mandioca e feijão. Com o tempo, é provável que tenham feito comércio com índios e brancos da vizinhança. Além de terem escapado das fazendas, os moradores de Palmares organizavam grupos para tirar outros negros do trabalho forçado. E muitas vezes tinham sucesso. Como na época a escravidão era permitida, e os negros não podiam fugir dos seus senhores, as autoridades de Portugal tentaram acabar com o quilombo mais de 40 vezes! RESISTÊNCIA. Em 1678, os portugueses tentaram um acordo: eles não destruiriam o povoado se os escravos voltassem para o trabalho. Zumbi não aceitou a proposta e organizou uma luta. Só que, em 6 de fevereiro de 1694, Palmares foi ocupado e Zumbi fugiu. Ele continuou lutando, mas morreu numa armadilha no dia 20 de novembro de 1695. VOCÊ SABIA QUE… - A lei que aprovou o feriado de 20 de novembro tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira? - O Quilombo dos Palmares ficava num terreno cheio de barrancos e palmeiras que formavam uma muralha natural contra os portugueses? - Os navios negreiros trouxeram milhões de escravos ao Brasil? Só na Bahia são usadas cerca de 5 mil palavras de origem africana? A INFLUÊNCIA AFRICANA. O Brasil teve grande influência dos negros africanos na vida econômica, social e cultural. Eles trabalharam na lavoura e nas minas e, no período colonial, nos engenhos e plantações. Supõe-se que os primeiros negros africanos chegaram em 1538 e durante todos os séculos XVI, XVII e XVIII, trabalhando como escravos, sobretudo nas regiões do Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e do Nordeste (Bahia, Pernambuco e Maranhão). A mãe preta transmitia para seus filhos as estórias, lendas, contos, mitos, deuses e animais encantados vindos das suas origens. Nas famílias da época da escravidão, eram as criadas negras que criavam e amamentavam os filhos da mãe da família: a ama negra dava de mamar ao menino branco, o embalava no berço e ensinava-lhe as primeiras palavras e as CANTIGAS DE NINAR. Os filhos das senhoras dos engenhos relacionavam-se com os filhos das negras escravas com os quais brincavam de: MONTAR A CAVALO EM CARNEIROS NADAR NOS RIOS E REPRESAS MATAR PASSARINHOS EMPINAR PAPAGAIO JOGAR PIÃO Apesar de serem meio diabinhos, as crianças eram obrigadas, depois dos 7 anos, dentro de casa, a se comportarem como adultos, vestindo pesadas roupas semelhantes às dos adultos, "fornos ambulantes". Elas tinham que andar sempre deitadas ou sentadas. As crianças chamavam seus pais de Senhor Pai e Sra. Mãe. As meninas brincavam de FAZ DE CONTA de mucama. No interior da Casa Grande elas brincavam de "a Senhora mandando nas criadas e as bonecas eram as filhas"; de alimentação, vestuário, festas, doenças, tratamentos médicos, viagens, visitas. Os meninos de FAZ DE CONTA de meios de transporte e com os meninos negros de bois de carro, cavalos, burros e cargas; de PEIA QUEIMADA, LASCAR PIÃO, COMER O PAPAGAIO, BELISCO do pintinho que anda pela barra de 25, BANHOS em represas, açudes e rios, BODOQUE em lagartos e aves, trepar em árvores. Os africanos introduziram aqui as lendas do papão, as cabras-cabriolas, o boitatá, os negros velhos, o Saci-Pererê, entre outros. Muitas das canções, das histórias e lendas contadas pelas amas de leite e pelos negros velhos contadores de histórias ainda são encontradas atualmente. O menino africano sofreu influência de Paris e Londres, pelo seu contato com o europeu. Lá, havia brinquedos universais, como a bola arma de simular caçadas e pescarias, ossos imitando animais, danças de roda, domesticação de animais, corridas, lutas, saltos de altura e de distancia, que trouxe para o Brasil, além das brincadeiras tradicionalmente africanas como o jogo de caça ao tesouro, pegador, cavalo-de-pau, etc. As relações de dominação, presentes na estrutura social escravocrata, também eram representadas pelas crianças, onde era comum nas Casas-Grandes colocar um ou mais moleques (filhos de escravos) á disposição dos meninos brancos como companheiros para as brincadeiras, no entanto estes desempenhavam a função de? Leva-pancada? Do?Sinhozinho?. MOVIMENTOS DA CAPOEIRA. A Capoeira é uma tradicional manifestação da cultura afro-brasileira, é um jogo atlético que foi trazido para o Brasil pelos Escravos Bantos de Angola, Tradicionalmente conhecida pelo seu ritmo alegre. Fazer exposição de cartazes com desenhos e colagens sobre o tema e ainda com apresentação de capoeira com os alunos.

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