Vasco e Flamengo em São Januário é quase certeza de morte, alerta jornalista

O Vasco é o segundo do Brasileiro, tem a mesma pontuação do líder Corinthians, atrás apenas pelo primeiro critério do número de vitórias - tem uma a menos -, portanto briga forte pelo título. Já o Flamengo, atual quinto colocado, seis pontos atrás, concorre, no mínimo, a uma vaga na Libertadores. Se vascaínos e rubro-negros seguirem assim até a última rodada, farão um clássico para lá de decisivo. O Vasco, que tem o mando de campo, bate o pé e diz que quer jogar em São Januário. Mas já há uma discussão forte para que o jogo ocorra em outro estádio.

No Redação Sportv desta quinta-feira, o jornalista Renato Maurício Prado argumentou que o estádio não pode ser o palco da partida por conta da rivalidade entre as torcidas dos clubes, o que tornaria o jogo de alto risco. "Vasco e Flamengo em São Januário é quase certeza de morte", declarou.

Durante o programa, apresentado por André Rizek e que também contou com a presença do também jornalista Lédio Carmona, falou-se da dificuldade de se fazer dois clássicos no Rio no mesmo horário (17h). Botafogo e Fluminense também se enfrentam e, a exemplo dos vascaínos, os botafoguenses não abrem mão de jogar em seu estádio, o Engenhão.

Outro problema apontado foi o entorno de São Januário, com ruas muito estreitas, o que poderia aumentar ainda mais a chance de confronto entre torcidas. Um telespectador, cuja mensagem foi lida por Rizek, chegou a questionar o argumento dos comentaristas dizendo que o problema existe também no Engenhão. Renato Maurício Prado rebateu: "não dá para comparar o entorno de São Januário com o do Engenhão. Desculpe-me, mas está desinformado", disse.

Não bastasse a discussão sobre mando de campo, há "briga" pelo número de ingressos que serão cedidos aos "visitantes". Vasco e Botafogo estariam dispostas a dar apenas 10% das entradas para rubro-negros e tricolores que desejem ir ao estádio. Mas, segundo Renato Maurício Prado, um acordo firmado entre os grandes clubes do Rio para a temporada obrigaria que todos os clássicos fossem jogados no Engenhão, com divisão de renda. "Teria sido feito esse acordo. Agora, o Roberto [Dinamite, presidente do Vasco] diz que não assinou nada. Parece que, de fato, não foi feito algo formal, mas houve um acerto verbal no início do ano". 

Por Rogerio Jovanel