Raul Seixas é, sem sombra de dúvida, um dos artistas mais populares do país. A maioria dos brasileiros, independentemente de idade ou gosto musical, conhece pelo menos uma dezena de suas canções, e sua figura facilmente reconhecível – óculos escuros, barba, roupas com símbolos místicos – já se tornou parte do nosso repertório cultural coletivo.
Passadas mais de duas décadas desde sua morte, em agosto de 1989, já é possível avaliar a real importância do cantor para a música nacional? Seria difícil encontrar uma resposta precisa, mas o documentário Raul – O início, o fim e o meio, ajuda a esclarecer um pouco as coisas.
Dirigido por Walter Carvalho – conhecido do público por produções como Madame Satã, Carandiru e Cazuza, o filme acompanha a vida do “maluco beleza”, trazendo depoimentos de praticamente todos aqueles que influenciaram sua trajetória e recuperando uma quantidade impressionante de fotografias, gravações e filmagens de arquivo.
Por sorte, Raul não é tratado como um santo ou uma figura mística, equívoco tão comum a esse tipo de filme com cara de “biografia oficial”. O artista brilhante é justamente reverenciado, mas o abuso de drogas (que não teve nada de poético) e as mágoas de suas várias ex-companheiras também vêm à tona. Raul, felizmente, é representado como um ser humano. |
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