Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

sábado, 10 de março de 2012

O homem por trás do monumento: Duque de Caxias

A imagem que se criou sobre Caxias, a de um general disciplinado, rigoroso, avesso a política, homem que sempre se destingiu pelo mérito e nunca teve conflitos ou duvidas, é um tanto controversa.
Luis Alves de Lima e Silva, assentou praça no Exército aos cinco anos de idade, pois era um direito garantido por lei, por ser filho de militar de alta patente. Caxias pertencia a uma família tradicional de militares, fato que explica sua rápida ascensão na sua carreira.
Aos 15 anos Luis Alves foi promovido a alferes e matriculou-se na Real Academia Militar, aos 18 foi promovido a tenente e aos 20 capitão. No entanto, até então, só havia participado de uma campanha militar na Bahia em 1823. O comandante da Unidade na qual Caxias participou desta campanha era seu tio paterno.
A Real Academia Militar era uma instituição desmilitarizada apesar do nome, e não era pré-requisito para ascensão na carreira, sendo assim, Caxias aprendeu a ser militar na prática, participando de campanhas militares, alem da influencia de sua família que do lado de seu pai eram oficiais do Exército, e de sua mãe oficiais de Milícia.

Certamente foi lutando na guerra da Cisplatina que Caxias descobriu como era grande a concorrência entre a oficialidade. Nenhum oficial era nomeado para postos de comando só pelo mérito, essa distribuição era exclusiva da coroa, portanto para obter uma promoção era necessário fazer política de corte, fato que para Caxias não havia muitas dificuldades, já que pertencia a uma família tradicional. Vale destacar que seu pai no período regencial pertenceu a duas trinas, uma provisória e outra permanente.
Em 1833 Caxias assumia o comando da Guarda de Municipais Permanentes na corte, equivalente a da atual Policia Militar. Neste período Caxias era tenente-coronel e ficou no comando da Guarda por sete anos. A guarda estava subordinada ao ministério da Justiça, e sob grande influencia de padre Feijó e que era grande amigo dos Lima.
Outra imagem forte ligada a Caxias é que ele detestava política e que somente defendia os “interesses nacionais”. Porem Caxias foi eleito, em 1841, deputado pelo Maranhão, onde também foi presidente da província, no Rio Grande do Sul também foi presidente, vice-presidente de São Paulo, senador pelo Rio Grande do Sul e ministro da guerra. Em fim, é difícil imaginar que alguém que exerceu tantos cargos não gostasse de política. O que pode ser dito é que Caxias não era de fazer discursos no Parlamento. Mas sempre fez política.
O titulo de Barão de Caxias, marca sua vitória no Maranhão e também seu ingresso no generalato, sendo promovido a brigadeiro. Agora como general e nobre sua posição na corte ficava mais confortável, e em 1842 assumiu sua posição política como conservador. A partir daí, seu nome era sempre associado ao partido.
Em todas as campanhas, Caxias soube usar bem da estratégia, buscando apoios locais através de promessas de anistias, empregando espiões e a difusão de intrigas para dividir os rebeldes para facilitar sua ação nas províncias. É um paradoxo interessante o “Pacificador”semear a discórdia entre seus oponentes.
Somente na década de 1840 que Luis Alves tornou-se Caxias. Primeiro barão, depois conde, marques, até obter de D. Pedro, por sua participação na guerra do Paraguai, o titulo de duque, o único da história do império.In: Descobrindo História.

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