Por : Elisonaldo Câmara.
Thanatus (do
grego θάνατος , transl. Thánatos,
"morte"), e Hypnos eram
os filhos gêmeos de Nix e Érubus - a noite e a escuridão. Thanatus era a
própria personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no
submundo. Inimigo do gênero humano, odioso mesmo aos deuses, ele morava no
Tártaro e estava sempre à porta dos Infernos. Tinha o coração de ferro e
entranhas de bronze. Os gregos o representavam com a figura de uma criança de
cor preta com os pés tortos e acariciada pela Noite, ou ainda, com o rosto
desfeito e emagrecido, coberto por um véu, os olhos fechados e com uma foice na
mão. Esses atributos parece
significar que os homens são ceifados em multidão, como as flores e as ervas
efêmeras. Além da foice, asas e um facho em queda, uma urna e uma borboleta. As
asas indicariam a velocidade com que se aproxima dos mortais. O facho em queda
indicam a extinção de uma etapa de realizações. A urna representa tanto o
segredo de pós-morte quanto o corpo, resíduo da vida e a borboleta, a alma.
Vivia a serviço das ordens dos deuses. Certa vez
Thanatus foi incumbido de levar Sisifo, o delator de Zeus, aos infernos. Sisifo
elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar
de diamantes. A morte se deixou prender por sua vaidade. Na verdade, o colar
não passava de uma coleira com a qual Sisifo manteve a Morte aprisionada e
conseguiu driblar seu destino. Sisifo soube enganar a Morte. Como sua mãe, Nix - a noite e seu irmão Hipno - o
sono, Thanatus tem o poder de regenerar, porque a morte não é o fim em si, mas
uma passagem. A morte é a porta da vida - Mors Ianua Vitae. Com essa
complexa narrativa, podemos entender uma série de síndromes, complexos e
situações que levam o nome de figuras mitológicas e ter um conhecimento mais
profundo da tanatologia. Da mesma raiz de Thanatus provém a Tanatofobia - medo
da morte e a Eutanásia, que significa aliviam pela boa morte.
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