Por: Elisonaldo Câmara.
Narciso era filho de um rio e de uma ninfa. Era tão belo
que o adivinho Tirésias profetizou que ele viveria longamente, mas apenas se
jamais conhecesse o próprio rosto, durante muito tempo ele não soube qual sua aparência.
Tornou-se um jovem belíssimo e todas as mulheres se apaixonavam por ele, fossem
ninfas ou mortais. Umas dessas apaixonadas foi Eco, ninfa das montanhas, uns
dizem que ela fazia parte do séquito de Ártemis, outros afirmam que era membro
do cortejo de Hera. Mas ambas dizem que Eco falava muito, e com sua conversa distraia
a deusa enquanto seu marido Zeus, cortejava outras ninfas. Descobrindo isso,
Hera puniu a atrevida, tirando-lhe a fala. A ninfa Eco viu Narciso nas matas e
se apaixonou-se por ele, mas não tinha voz para declarar-se ao rapaz, e ele a
desprezou, desiludida, se embrenhou nas
matas e se deixou definhar até morrer, sua voz permaneceu na natureza.
Narciso desdenhou o amor de tantas moças que a deusa
Nêmesis resolveu castiga-lo, fazendo que ele sofresse como fizera sofrer e sem
nunca obter o ser amado. A deusa da vingança fez com que, num dia de calor ele
encontrasse uma fonte de água cristalina, inclinou-se para beber água e, pela
primeira vez, viu se reflexo, quando conheceu seu rosto, apaixonou-se pela
própria imagem e deixou-se ficar ali, á beira da fonte, sem poder afastar-se do
ser amado – e sem nunca poder possuí-lo ... morreu junto á fonte, mas seu corpo
não foi encontrado, em seu lugar foi vista uma estranha flor amarela com pétalas
brancas, á qual foi dado o nome do infeliz rapaz.
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