Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

A cultura Árabe - Muçulmana.


 
                                            Por: Elisonaldo Câmara.
As principais contribuições culturais dos povos  Árabes foram  influenciadas por diversas outras culturas e também influenciou o modo de vida dos povos e civilizações do mundo ocidental. Os árabes viviam principalmente na Península Arábica e depois que o Profeta Maomé se tornou chefe político, religioso e militar deste povo, foi formado o Império Islâmico, que se estendeu desde a Índia até a Península Ibérica. A prática dos árabes com os povos que eram conquistados era de tolerância religiosa e também de não destruir as civilizações existentes, assimilando valores e conhecimentos dos povos subjugados e também contribuindo de forma original, produzindo novos conhecimentos a partir dessas assimilações.Na Física, formularam várias leis da Óptica A arquitetura árabe foi grandemente influenciada pela arquitetura persa, indiana e bizantina. As edificações mais célebres foram às mesquitas, construções requintadas e decoradas luxuosamente com fragmentos das sentenças do Alcorão, figuras geométricas, plantas e flores, formando belíssimos arabescos. A representação de figuras humanas ou de animais era proibida. Sia destacou-se Muttanabi, que viveu nos fins do século X, porém o mais conhecido foi Omar Kayam, autor do famoso Rubaiyat (quadras ou quartetos), que ficaram conhecidos . O mais famoso exemplo da prosa muçulmana é a coleção de histórias denominada Mil e uma noites que reúne fábulas, histórias de aventuras, anedotas e contos familiares, geralmente reflexos da vida requintada do califado de Bagdá, também merece destaque as obras literárias de: As aventuras de Simbá, o marujo, Aladdin e Ali Babá e os quarenta ladrões  . Os árabes trouxeram ainda para o Ocidente espécies vegetais como o arroz, a cana-de-açúcar, o café, o algodoeiro, a laranjeira, o limoeiro, a alface e a amoreira. Produziram um artesanato de alta qualidade, principalmente nos tecidos, tapetes, brocados e objetos de metais, dos quais se podem destacar as famosas espadas de aço fabricadas em Toledo, na Espanha. Como se tornaram grandes navegadores, eles construíram mapas, navios, criaram a bússola e o astrolábio, importantes instrumentos de navegação. Desenvolveram a alquimia, possibilitando que os conhecimentos fossem utilizados na química moderna. Realizaram o comércio através do Mar Mediterrâneo, interligando o mundo Oriental e Ocidental.
Na matemática, os árabes desenvolveram os algarismos arábicos, a álgebra e o emprego do zero. Na medicina, os alquimistas árabes foram os precursores da química moderna. Conta-se que as preocupações com a natureza e a transformação ocorrida nos corpos fizeram com que os alquimistas buscassem o elixir da longa vida. Os resultados obtidos foram bem mais modestos, mas permitiram a descoberta de novos compostos químicos como o álcool, assim como as propriedades fundamentais dos ácidos e sais.Na filosofia, os árabes foram sensíveis à influência de Aristóteles. Aliás, foi através desse povo que a Idade Média Ocidental se impregnou do pensamento aristotélico. Seus maiores pensadores foram os médicos Avicena e Avirrois, muito lidos, sobretudo, nas escolas e universidades medievais até o século XVII. A efervescência cultural durante a Idade Média foi alvo de forte influência desses médicos. Então poderíamos dizer que a cultura ocidental do período se desenvolveu graças à grande influência da civilização árabe – e mais do que da civilização bizantina, foi dela que a cristandade no período medieval herdou os legados da ciência e da filosofia helênica.
No Brasil os imigrantes de origem Árabes começaram a chegar no final do século XIX,grande parte deles  dedicou-se ao comércio de tecidos e armarinhos. Eles inovaram a forma de vender mercadorias: negociavam preços, vendiam fiado, parcelavam o pagamento, liquidavam e trocavam produtos. A maioria dos imigrantes árabes estabeleceu-se na região central da cidade de São Paulo, onde criaram um dinâmico núcleo comercial. Na região norte, no final do século XIX, eles se dedicaram a atividades ligadas á borracha e, posteriormente, ao comércio. No Sul, em meados do século XX, eles desenvolveram um importante polo empresarial. A imigração árabe também foi expressiva no sul de Minas gerais e no Rio de Janeiro. Contribuíram de forma decisiva para a formação, social e cultural do povo  brasileiro. 


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