Prof.° Elisonaldo Câmara

Minha foto
Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Reflexões sobre a História.



DISCIPLINA – HISTÓRIA – PROFº ELISONALDO CÂMARA.      DATA:
As diversas faces de um conceito – As palavras em nossa língua podem ter sentidos variados. A palavra história pode ser entendida de diversas maneiras:
_ História: ficção – Os livros de aventura, as novelas de televisão e os filmes nos contam histórias de pessoas, de lugares, de acontecimentos muitas vezes inventados para chamar a nossa atenção ou nos distrair. Essas histórias são inventadas pela imaginação humana e são chamadas de histórias fictícias ou de ficção.
_ História: vida real – Os fatos reais que acontecem no dia -a -dia, tanto de uma pessoa como de um país, podem ser chamados de história da vida real. As lutas, os sonhos, as alegrias, as tristezas, os acontecimentos marcantes constituem a vida real de cada um e torna-se a sua história.
_ História: ciência – Outro sentido ainda pode ser dado à palavra história: História, ciência que estuda a vida humana através do tempo. É este sentido da palavra história que nos interessa. Vamos entender como os homens organizaram-se e desenvolveram-se no passado, chegando aos dias de hoje. É importante ressaltar que a História está interessada tanto na vida dos homens do passado como dos homens atuais, de forma que é uma ciência do passado e do presente, uns e outros inseparáveis.
Reflexões sobre a História (01)

A verdade histórica – Como grande parte dos historiadores atuais, creio que não existe a tal “verdade histórica” definitiva e absoluta. Cada época faz a sua própria história, sempre respondendo perguntas que cada época faz a seu passado.
     A história acumulou numerosos conhecimentos e interpretações sobre os fatos, que vão acrescentando pedaços e facetas do conhecimento à chamada “verdade histórica”. É como se uma câmera cinematográfica filmasse uma cena de diversos ângulos e perspectivas. Nenhuma foto contém toda a cena, mas o seu conjunto se aproxima do que chamaríamos de visão global.
     Cada pesquisador e cada estudioso acrescenta uma nova perspectiva ao conhecimento, que para cada um deles é a “verdade”. (Laima Mesgravis)
Reflexões sobre a História (02)
O problema da verdade – Leia, agora, uma lenda da Índia sobre a dificuldade humana para compreender a realidade:
     Numa antiga cidade da Índia viviam seis cegos. Eles sempre ouviam falar do majestoso elefante do Rajá (príncipe). Até que, um dia, resolveram examinar diretamente o grande animal.
     Chegando perto do elefante, o primeiro cego conseguiu colocar a mão na sua barriga. Então, gritando, disse:
     _ O elefante é como um muro.
     Porém, o segundo cego segurou numa das presas e, ouvindo o amigo, protestou:
     _ Não, o elefante é pontiagudo e duro como uma lança!
     O terceiro cego, agarrando a tromba, discordou:
     _ O elefante é como uma serpente.
     O quarto cego pegando a enorme perna do elefante, disse:
     _ Vocês estão loucos: o elefante é como o tronco de uma árvore!
     O quinto cego, ouvindo a confusão dos amigos, decidiu saltar para cima do animal. Segurou, então, uma das grandes orelhas do elefante e disse:
     _ Todos vocês são idiotas se não percebem que o elefante é um grande leque de abano.
     Por fim, o sexto cego, cuidadosamente segurou a cauda e disse:
     _ Calem-se todos. O elefante é uma corda resistente.
     Os cegos, pegando uma parte do elefante, conheciam apenas uma parte do animal. Entretanto, cada cego era muito orgulhoso. Pensava que sua parte correspondia ao todo, criando toda a confusão.
     A mensagem dessa lenda serve de alerta para muitas situações. No estudo da História, por exemplo, muitas pessoas comportam-se como os seis cegos da Índia. Percebem e compreendem uma parte da realidade e concluem, orgulhosamente, que descobriram a verdade.
     Essas pessoas se esquecem que o saber humano é seletivo e limitado. É seletivo porque cada historiador seleciona a área que quer estudar, seleciona o que mais lhe interessa. É limitado porque, por mais ampla que seja a sua pesquisa, ela atinge apenas parcela da realidade. Pois a tarefa de conhecer é sempre infinita.
Reflexões sobre a História (03)

Conceito de História: História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.
Objetivos: Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
Fontes: O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Ciências auxiliares da História.
A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.
Periodização da História.
Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:
-Pré-História: Desde o surgimento do homem até o surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
-Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
-Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
-Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
-Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.Outras informações:
- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico.
“A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que constrói, tudo o que toca, pode e deve fornecer informações sobre eles” Marc Bloch.
“Se você não conhece a História, nada conhece. Você é uma folha que não sabe que é parte de uma árvore”   - Michael Crichton.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Envie suas dúvidas para o professor Elisonaldo

Nome

E-mail *

Mensagem *