Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

sábado, 24 de julho de 2021

Como eram os primeiros Jogos Olímpicos?

 




Um aspecto comum aos gregos antigos foram os jogos olímpicos. A partir de 776 a.C de quatro em quatro anos, gregos de diversas polis reuniam-se em Olímpia para realizar competições que ficaram conhecidas como Jogos Olímpicos. Esses jogos sempre ocorriam no verão do hemisfério Norte, geralmente nos meses de junho, julho ou agosto, assim como acontece com os jogos olímpicos ou as olimpíadas atuais.

Os jogos eram cerimônias religiosas e esportivas ao mesmo tempo. Realizavam-se em honra a Zeus (o deus grego mais importante) e incluíam sacrifícios de animais em homenagem aos desuses. O evento era também uma boa oportunidade para os comerciantes venderem seus produtos.

Nas competições, havia corrida simples, em trajes de guerra e em carros puxados por cavalos; provas de saltos; arremessos de disco e lutas corporais, com os atletas quase sempre competindo nus. Primeiro, os homens adultos disputavam as provas e, em seguida, os meninos. Além dos esportes, havia também competições musicais e poéticas. Os gregos davam tanta importância às Olimpíadas que chegavam a interromper as guerras para não prejudicar a realização dos jogos. Pessoas de lugares distantes viajavam até Olímpia a fim de assistir às competições. Mas as mulheres adultas eram proibidas de participar como esportistas ou como espectadoras.

       Para competir, era preciso ser livre e nunca ter sido condenado, além viver em uma cidade-estado grega. Os árbitros dirigiam-se aos competidores dizendo: “Livres helenos, enfrentai-vos como homens livres! Se existir entre vós concorrentes indignos, que eles se retirem, ainda é tempo. Se ficarem, que não acreditem encobertos porque Zeus os vê e sai vingança os espreita”. Concentrados em Olímpia para os treinos durante seis meses, os atletas eram respeitados pelos gregos de diversas polis. Os vencedores recebiam como prêmio coroas feitos com ramos de oliveira, o que era uma glória para o atleta. Nas cidades, eles eram recebidos com festas e, quando morriam, os atletas premiados nas Olimpíadas eram enterrados em túmulos especiais.

       Os jogos olímpicos da Antiguidade foram celebrados até o ano de 393 d.C., quando o imperador romano Teodósio I, que era cristão e combatia os cultos pagãos (não cristãos), mandou fechar o templo de Zeus em Olímpia.    

 A partir do texto e de seus conhecimentos responda:

 

1-O que os jogos olímpicos representavam para os gregos antigos?

 

2- Os jogos olímpicos homenageavam a quem?  

 

3- O que os atletas premiados recebiam?

 

4- Quem tinha permissão para participar dos jogos olímpicos?

 

5-  Quais eram as exigências para o atleta competir?

 

6- Observe a imagem sobre as competições olímpicas da antiguidade e responda: o nome de cada.


Leia o texto a baixo e responda as questões.

 

Em 1886 o barão Pierre de Coubertin escreve os primeiros artigos sobre a educação desportiva, com o desejo de desenvolvimento do movimento desportivo nos liceus e colégios de França. Em 1889 sonha com o restabelecimento dos Jogos. Em 1894 convoca um congresso em Paris, do qual resultou a fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI), e a revitalização dos Jogos Olímpicos “adaptados à Era Moderna, ajustando-se à antiguidade clássica e com base internacional". Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna tiveram lugar em Atenas, em 1896, celebrando-se, desde então, de 4 em 4 anos, com interrupções em 1916 e 1939-1945 devido às grandes guerras mundiais. Somente 14 países estiveram presentes com 245 atletas em 13 modalidades desportivas, tendo sido utilizado o estádio construído todo em mármore e desenhado por Licurgo no ano 350 a.C. O ideal Olímpico restaurado visava a fraternidade dos povos. Na sessão inaugural, também estabelecida por Coubertin, desfilam as delegações dos países participantes e as suas bandeiras, faz-se a proclamação da abertura dos Jogos, iça-se a bandeira olímpica ao mesmo tempo que se toca o hino olímpico, acende-se a pira olímpica com um simbolicamente aceso em Olímpia e levado de mão em mão pelos corredores até ao estádio e fazem-se os juramentos olímpicos (atletas e juízes).

Aos vencedores das competições é concedida a subida ao pódio sendo-lhes entregue diplomas e medalhas para o 1º, 2º e 3º classificados por membros do COI. Segue-se o hastear das bandeiras das nações dos vencedores e ouve-se o hino nacional do 1º classificado. A cerimônia final efetua-se no final da última competição no estádio. Tornam a desfilar os participantes e suas bandeiras e o presidente do COI declara os Jogos encerrados, convidando a juventude de todos os países a voltar a reunir-se 4 anos mais tarde, na cidade já escolhida.Depois do soar das trombetas é arreada a bandeira olímpica e entregue ao representante da cidade eleita para os próximos Jogos.

7. Cada frase a seguir descreve uma característica dos Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Escreva ao lado de cada número, assinale ‘’D’’ quando for diferente dos jogos dos dias de hoje ou ‘’S’’ quando for semelhante a eles.

·        Os jogos Olímpicos são uma homenagem aos Deus Zeus:__________.

·        Os Jogos Olímpicos são realizados de quatro em quatro anos:__________.

·        Somente os atletas do sexo masculinos podiam participar:__________.

·        Os atletas participavam das provas nuas:___________.

·        Os jogos são realizados sempre na mesma cidade:___________.

·        Os atletas recebem como prêmio uma coroa feita de folhas de louro:_______.

·        Entre as modalidades esportivas podem-se citar: corrida a pé, lutas corporais, arremesso de disco e arremesso de dardo:___________.

·         Apenas atletas gregos participavam das provas:___________. Delicados de uma mulher e

8- Numa comparação entre as competições atuais e as antigas Olimpíadas, assinale a alternativa que apresenta uma informação INCORRETA.

 A) Na Grécia Antiga, os vencedores das competições se transformavam em autênticos heróis e eram conduzidos às suas cidades em carros puxados por imponentes cavalos.

 B) Quase sempre, os campeões das cidade-estado tinham regalias para o resto de suas vidas, já que os gregos acreditavam que deviam a eles a extinção da peste terrível, pois seus feitos acalmavam a ira dos deuses do Olimpo.

 C) Atualmente, os Jogos Olímpicos se dividem em Olimpíadas de Verão e Olimpíadas de Inverno. As de Verão ocorrem em uma grande cidade e as de Inverno em uma área montanhosa coberta de neve.

 D) Quando os romanos incorporaram à sua cultura as tradições gregas, os jogos mudaram de cenário. A explicação era que os dois povos tinham ideias bem diferentes a respeito do esporte: para os gregos, importava mais o espetáculo em si (quer dizer, as competições valiam mais como uma festa para se assistir); para os romanos, importava a participação de qualquer pessoa com saúde e disposição para correr e arremessar discos, mesmo que não fosse uma campeã.

 

9- Os Jogos Olímpicos se originaram em Olímpia, na Grécia antiga. Os gregos buscavam por meio dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Gregos de várias cidades se uniam no santuário de Olímpia dando origem ao termo “Olimpíadas". Considerando esse assunto, analise as afirmações que seguem e identifique a(s) corretas(s):

 

I.         Os Jogos Olímpicos de Tóquio serão disputados em 2022.

II.        As Olimpíadas acontecem de 4 em 4 anos, ocasião em que atletas de centenas de países se reúnem para disputar um conjunto de modalidades esportivas.

III.      A bandeira olímpica representa a união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores.

 

Assinale a alternativa correta:

A) As afirmações I, II, III  estão corretas.

B) Apenas a afirmação II está correta.

C) Apenas as afirmações II e III estão corretas.

 D)  as afirmações I, II e III estão incorretas.

 

10-Complete a frase igualmente como está no texto: Como já dizia o _____________________ (Pierre de Coubertin), considerado o _____________________________ da Era Moderna, “o importante não é vencer, mas __________________. E com ____________________”.

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

A importância de se estudar a História.

 

A história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo.

A história é feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos. A história está presente no cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo.

Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer. Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e a compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete. Por isso, o passado tem que ser “recriado”, levando em consideração as mudanças ocorridas no tempo. As informações recolhidas no passado não servirão ao presente se não forem recriadas, questionadas, compreendidas e interpretadas.

A história não se resume à simples repetição dos conhecimentos acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos homens para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa.

                                                  Texto de Lilian Aguiar.

quarta-feira, 24 de março de 2021

As reformas no Rio de Janeiro.

             Na passagem do século XIX para o XX, a cidade do Rio de Janeiro ainda tinha características urbanas da época colonial, apesar da riqueza proporcionada pela cafeicultura e pelas fábricas. A capital brasileira ficava localizada entre o litoral e a Serra do Mar, em um terreno cheio de morros e lagoas. Além disso, sua geografia não favorecia o desenvolvimento do centro urbano. As ruas da cidade eram sujas e estreitas, e quase não havia saneamento básico. Doenças como varíola, malária, febre amarela e peste bubônica atingiam frequentemente a população.

Antigos edifícios, transformados em cortiços no centro da cidade, eram habitados por milhares de famílias pobres, vivendo em situações precárias e sem condições mínimas de higiene. O porto da cidade não tinha estrutura para receber navios de grande porte, prejudicando a circulação de mercadorias entre a capital e outras regiões do Brasil e do mundo.

As políticas públicas.

                Em 1902, Rodrigues Alves assumiu a presidência do Brasil. Um dos principais aspectos de seu plano de governo era programar um amplo programa de reformas urbanas e sanitárias na capital federal. Faziam parte desse programa a modernização do porto, o alargamento das ruas, a higienização do centro da cidade e a construção de novos edifícios. Essas reformas visavam tornar a cidade mais limpa, moderna e atraente para os investidores estrangeiros e para os trabalhadores imigrantes.

              Para realizar as reformas urbanas e sanitárias, o presidente deu amplos poderes ao prefeito do Rio de Janeiro, o engenheiro Pereira Passos, e ao diretor do Serviço de Saúde Pública, o médico sanitarista Oswaldo Cruz.

            As reformas no Rio de Janeiro faziam parte de um projeto de “regeneração” da cidade, que além de reformas urbanas e sanitárias, buscava a mudança nos costumes das pessoas. Além de uma capital “moderna”, as elites brasileiras desejavam que a população fosse “civilizada”, comportando-se de acordo com padrões europeus. Por isso, vários costumes e tradições considerados perturbadores da ordem, como a serenata e o jogo de capoeira, foram duramente reprimidos durante a Primeira República.

A expulsão da população.

            Durante as reformas, muitos moradores pobres e pequenos comerciantes foram expulsos do centro da cidade, sem nenhuma indenização ou novo local para se fixar. As obras foram conduzidas de modo autoritário e com repressão policial, gerando grande insatisfação popular. Os pobres, afastados de suas residências, deslocaram-se até os morros vizinhos ou para os subúrbios, construindo moradias improvisadas com material de demolição retirado do centro da cidade. Essas moradias improvisadas deram origem às primeiras favelas da cidade do Rio de Janeiro.

A revolta da vacina.

         O médico sanitarista Oswaldo Cruz foi encarregado de conduzias reformas sanitário no Rio de Janeiro. Com o objetivo de saneara cidade, dedicou-se, inicialmente, ao combate de doenças como a febre amarela e a peste bubônica, eliminando mosquitos e ratos. Em seguida, comandou o processo de erradicação da varíola, porém o único meio de combater essa doença era vacinar a população.  Na época, membros da oposição ao governo propagaram informações infundadas que questionavam a eficácia da vacina. Essas  informações assustaram boa parte da população, que se recusou a tomá-la. Por isso, o governo aprovou, em novembro de 1904, a Lei da Vacina Obrigatória e passou a usar a força policial nos casos de resistência à vacinação.

A população, que já estava cansada das medidas autoritárias do governo, iniciou então uma grande revolta. Durante uma semana,  a população levantou barricadas nas ruas, depredou edifício se saqueou lojas. Nos confrontos com a polícia, houve grande  número de mortos e feridos. Após a revolta, a vacinação deixou de ser obrigatória e tornou-se voluntária.

 

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