Quem nunca se viu necessitando de cuidados médicos ou do uso de medicamentos para recuperar a saúde? Mesmo aqueles mais renitentes não podem negar que uma consulta médica ajuda a tirar inúmeras dúvidas sobre a situação de nosso organismo. Não podemos imaginar como seriam nossas vidas sem a atuação desse profissional.
Já
imaginou um casal ter quer aguardar os nove meses de gestação para saber se a
criança é menino ou menina? Atualmente essa situação é quase que impossível. A
medicina, no sentido da formação de sua palavra, refere-se basicamente à arte
de curar, e sempre foi desenvolvida por agentes que se propunham a sanar os
males dos outros. Temos, assim, formas primitivas como, por exemplo, a do pajé,
que como curandeiro da tribo indígena receita e realiza procedimentos que
ultrapassam o corpo físico da pessoa. Alguns rituais são datados de
aproximadamente 10.000 anos atrás, onde já se realizavam operações para retirar
das pessoas o que lhes causavam mal, essas intervenções se chamavam trepanação
e provocavam pequenos buracos nos crânios dos indivíduos para a saída dos
espíritos que possivelmente seriam a causa de suas doenças.
A
medicina se constituiu em ciência na Grécia, com os primeiros relatos e
experimentos de Hipócrates, há mais de 2.500 anos. Naquela época acreditava-se
que os males do corpo eram consequência de um desequilíbrio dos líquidos
presentes no organismo. Com o crescimento de Roma, muitos médicos do mundo todo
se mudaram para lá a fim de desenvolver seus estudos. Porém um merece destaque,
o grego Galeno que, através da dissecação de animais, construiu um modelo
anatômico que foi empregado, a partir de então, para se estudar por comparação
o organismo humano.
No
Egito, o exercício da medicina se aperfeiçoou com uma estreita ligação com a
religião, afinal, os médicos atendiam aos Faraós, que eram considerados a
encarnação de deuses. Dessa forma, os egípcios desenvolveram várias técnicas de
tratamento de enfermidades e até emplastros feitos com vísceras de leões ou
elefantes. Graças às técnicas e trabalhos desenvolvidos por esses práticos e estudiosos,
temos a preservação dos corpos mumificados dos antigos faraós egípcios.
Durante
a Idade Média o grande desafio era vencer as imposições e as proibições da
religião que, ao propor que o corpo humano era sagrado, impedia que houvesse
dessecações e o próprio estudo das partes internas do organismo. Somente no
século XV (1401-1500) houve a autorização para realizar as primeiras
dissecações, os corpos escolhidos eram de criminosos condenados à morte. Mas
não era o bastante, alguns médicos realizavam aventuras como aguardar a
execução de uma pessoa para logo em seguida roubar seus corpos. Conta a
história que Vesalius, um médico belga, roubou um esqueleto esquecido numa
forca.
A medicina, com o fim das
imposições, se desenvolveu e, aliada à descoberta de outras ciências como a
biologia, a física, a química, além da própria sociedade em si, temos a ciência
que conhecemos atualmente.
FERREIRA, Fabricio Alves.
"A História da Medicina"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-historia-medicina.htm. Acesso em 08
de junho de 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário