Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Em Sarajevo, atentados em série


O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em 1914, que entrou para a história como estopim da Primeira Guerra Mundial, não foi um ataque isolado. No mesmo dia, o herdeiro do trono austro-húngaro já havia escapado da morte.
A história é conhecida: no dia 28 de junho de 1914, enquanto o cortejo de Francisco Ferdinando, o arquiduque do Império Austro-Húngaro, passava por Sarajevo, Gavrilo Princip se posicionou numa esquina e atirou, atingindo o arquiduque e sua esposa. Os dois morreram, e o ataque foi a causa imediata da guerra de 1914-1918. O que não se diz muito é que, nesse mesmo dia, Francisco Ferdinando já havia escapado de um primeiro atentado. E mais: foi por acaso que Gavrilo Princip o matou, assim como sua esposa, um pouco mais tarde. De acordo com depoimentos recolhidos pela polícia, as atas dos processos – o último ocorreu na Iugoslávia, em 1953 – e as investigações dos historiadores e jornalistas, é possível reconstituir o que aconteceu no fatídico 28 de junho de 1914.
Tudo começou em 1913, em Viena, quando o herdeiro do trono, o arquiduque Francisco Ferdinando, resolveu que, no ano seguinte, iria inspecionar as tropas da guarnição na Bósnia-Herzegovina. Sua mulher, Sofia, o acompanharia. Quebrando a etiqueta imperial, ela, uma esposa morganática, seria autorizada a aparecer a seu lado, até mesmo no dia 28 de junho, data que lembrava a Francisco Ferdinando a humilhação sofrida, em 1900, às vésperas de seu casamento, quando teve de renunciar ao trono por seus filhos.
A data representava também, para os jovens sérvios da Bósnia-Herzegovina, que haviam se tornado súditos do império austríaco em 1908, outro símbolo: a derrota diante dos otomanos em 1389, durante a Batalha de Kosovo Polje, que representou o domínio turco sobre a região pelos cinco séculos seguintes. Desde então, aquele povo lutava por sua liberdade. E, para os nacionalistas iugoslavos, todos os meios para conquistá-la eram permitidos, inclusive o martírio.

Complô armado No domingo, dia 28 de junho, de madrugada, Francisco Ferdinando e Sofia, que haviam chegado de Viena três dias antes, assistiram à missa na capela do hotel Bosna, em Bad Ilidje, onde ficaram hospedados durante a temporada bósnia. Quando o ofício terminou, o casal se juntou ao cortejo que os esperava.Fonte: História Viva.

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