Durante muito tempo historiadores e arqueólogos buscaram as origens
daquilo que hoje é Paris. Até que em meados do século 19 obras na
capital francesa revelaram ruínas um fórum romano, vias pavimentadas e
termas. Vestígios de uma cidadela próspera que abrigou romanos e
gauleses há dois milênios.
A história da Lutécia galo-romana teve início no final dos anos 50 a.C., quando Labieno, oficial de César, foi encarregado de controlar a cidade. Era uma cidade de negociantes e barqueiros, os nautas, uma confraria que exigia o pagamento do direito de passagem de embarcações que navegassem o Sena e estavam mais preocupados com a economia do que com a política. A prosperidade da cidade é atestada pelas sofisticadas moedas de ouro cunhadas no final do período gaulês, algo impensável para uma tribo nômade ou um vilarejo mais atrasado. Roma era uma ameaça a esse povo.Ao ocuparem o território dos parísios há pouco mais de 2 mil anos, após a rendição de Vercingetórix, os conquistadores, no anseio de estender a pax romana a todos os territórios conquistados, construiriam uma cidade completamente nova, no alto da atual colina de Sainte-Geneviève.Os habitantes, aglomerados nas várias ilhas do Sena, começaram a se instalar na nova cidade. A atual rua Saint-Jacques formava o cardo, ou seja, o eixo norte-sul, presente em todas as cidades romanas; a rua das Écoles marcava o eixo leste-oeste, ou seja, o decumanus. Em torno dessas duas vias é que foi construída a cidade, cujo centro era o fórum, situado onde fica hoje em dia a rua Soufflot.A cidade tinha duas portas de entrada. Dois grandes edifícios foram ali edificados. No lugar do Panteão erguia-se, voltada para oeste, uma basílica – sede da vida política, administrativa e judiciária da municipalidade. Em frente a essa imponente construção, um templo dedicado a Júpiter; sua orientação leste obedecia a uma lógica, já que o Sol, representação simbólica da eternidade do soberano dos deuses romanos, aparecia a cada manhã, naquele ponto.In: História Viva.
Legal! Muito boas as informações. A expansão romana deixou suas marcas e a arqueologia as traz de volta.
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