Prof.° Elisonaldo Câmara

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Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Em Olímpia, a corrupção já manchava os Jogos

Na Grécia antiga as competições esportivas tinham um caráter sagrado, mas desde essa época eram disputadas por atletas profissionais e patrocinados, que muitas vezes recorriam a métodos escusos para vencer.

Tudo o que faz a glória e a vergonha do esporte no século XXI já existia na Grécia antiga: treinamento intensivo, dietas, transferências de clubes, profissionalismo, semiprofissionalismo, amadorismo e doping. O dinheiro, claro, também estava presente. Desde que os Jogos Olímpicos passaram a ser organizados oficialmente, os atletas foram remunerados. Quando se tornaram disputas entre as cidades, nas quais o prestígio nacional ou local estava em jogo, as autoridades passaram a patrocinar seus representantes. Mantinham colégios de atletas e, quando não conseguiam formar nenhum campeão, compravam um no estrangeiro. Em Atenas, em 580 a.C., Sólon promulgou uma lei que estipulava um prêmio de 500 dracmas para cada cidadão que vencesse as Olimpíadas. Como um carneiro valia aproximadamente uma dracma, essa quantia era considerável. Sem contar que os campeões adquiriam status e privilégios, como a dispensa de pagar impostos. Inicialmente reinava uma louvável concorrência entre amadores desinteressados. Com o tempo, porém, a ambição das cidades fez com que as autoridades passassem a pressionar seus atletas a vencer. Os esportistas começaram então a treinar em tempo integral e a se especializar em uma modalidade para aumentar suas chances de sucesso, contrariando o ideal do atleta homérico, que deveria ser um homem completo. Reunidos em diferentes corporações de acordo com a modalidade que praticavam, todos os esportistas seguiam uma dieta específica. Os lutadores eram submetidos a uma perigosa superalimentação. Já o corredor Astilo de Crotona, pelo contrário, preconizava uma dieta mais leve. Treinadores famosos, como Ico de Tarento no século IV a.C., prescreviam tratamentos científicos e médicos para os competidores. Fonte: História Viva.

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