Tudo o
que faz a glória e a vergonha do esporte no século XXI já existia na Grécia
antiga: treinamento intensivo, dietas, transferências de clubes,
profissionalismo, semiprofissionalismo, amadorismo e doping. O dinheiro, claro,
também estava presente. Desde que os Jogos Olímpicos passaram a ser organizados
oficialmente, os atletas foram remunerados. Quando se tornaram disputas entre
as cidades, nas quais o prestígio nacional ou local estava em jogo, as autoridades
passaram a patrocinar seus representantes. Mantinham colégios de atletas e,
quando não conseguiam formar nenhum campeão, compravam um no estrangeiro. Em
Atenas, em 580 a.C., Sólon promulgou uma lei que estipulava um prêmio de 500
dracmas para cada cidadão que vencesse as Olimpíadas. Como um carneiro valia
aproximadamente uma dracma, essa quantia era considerável. Sem contar que os
campeões adquiriam status e privilégios, como a dispensa de pagar impostos. Inicialmente
reinava uma louvável concorrência entre amadores desinteressados. Com o tempo,
porém, a ambição das cidades fez com que as autoridades passassem a pressionar
seus atletas a vencer. Os esportistas começaram então a treinar em tempo
integral e a se especializar em uma modalidade para aumentar suas chances de
sucesso, contrariando o ideal do atleta homérico, que deveria ser um homem
completo. Reunidos em diferentes corporações de acordo com a modalidade que
praticavam, todos os esportistas seguiam uma dieta específica. Os lutadores
eram submetidos a uma perigosa superalimentação. Já o corredor Astilo de
Crotona, pelo contrário, preconizava uma dieta mais leve. Treinadores famosos,
como Ico de Tarento no século IV a.C., prescreviam tratamentos científicos e
médicos para os competidores. Fonte: História Viva.
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Prof.° Elisonaldo Câmara
- História em Foco
- Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
- Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Em Olímpia, a corrupção já manchava os Jogos
Na Grécia antiga as competições esportivas tinham um caráter sagrado,
mas desde essa época eram disputadas por atletas profissionais e
patrocinados, que muitas vezes recorriam a métodos escusos para vencer.
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