Principais representantes da Coluna Prestes. |
A coluna Prestes penetrou no território potiguar
pela zona Oeste, fronteira com o Estado do Ceará. Governava o Rio Grande do
Norte o Dr. José Augusto Bezerra De Medeiros, ligado a oligarquia algodoeira na região do Seridó potiguar. No Rio Grande do Norte, apenas
duas cidades fizeram parte do percurso do grupo: São Miguel e Luís Gomes. Na
terra de Santana, segundo relatos dos moradores, os revoltosos seguiram pela
ladeira dos Miuns e, em seguida, para o Sítio Imbé, na residência do destemido
Major Baltazar Meireles, na tarde de 04 de fevereiro de 1926. Os insurgentes
que compunham o agrupamento eram em torno de 1400 homens e por volta de 100
mulheres. Naquela localidade o “Cavaleiro da Esperança” relatava a situação do
país, os objetivos da Marcha, no intuito de engrossar as fileiras daquela
expedição. Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, líderes daquela insurreição,
juntamente com os demais, traçavam estratégias para evitar confrontos com
forças repressivas e seguir a jornada com segurança. Apesar do ideário
libertador e de defensores da pátria, a Coluna tomou atitudes, muitas vezes, de
desordeiros e de impatrióticos, ao saquearam a fazenda, recolhendo mantimentos,
além de abater animais e incendiar cercas e canaviais e ameaçar a vida do
proprietário, que teve a vida preservada por conta das súplicas da própria
esposa.
A Coluna Prestes chegou à sede de Luís Gomes no dia 05 de
fevereiro de 1926. O comando maior se instalou na estação telegráfica e demais
homens ficaram à espreita pelas ruas e redondezas, em vigília. Depois
desativaram o telégrafo para evitar qualquer informação sobre o grupo
revoltoso, soltaram os presos da cadeia, distribuíram cortes de tecidos a
moradores, destruíram documentos do Cartório Oficial e saquearam os
estabelecimentos comerciais, principalmente aqueles que se encontravam
fechados. Finalmente deixaram Luís Gomes e seguiram para o Estado da Paraíba,
para o município de São João do Rio do Peixe.
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