Ártemis, deusa
grega, divindade responsável pelas atividades da caça, é representada como uma
imagem lunar arisca e selvagem, constantemente seguida de perto por feras
selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo
de suas mãos, um arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista
trajando uma túnica de tamanho curto. Dizem que quando ela ainda era uma
criança, Zeus
a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe
pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos
animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai
imediatamente realizou seu sonho.Esta deusa famosa dos gregos foi concebida por
Zeus e Leto e era irmã gêmea de Apolo
– enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava a esfera lunar. Esta
poderosa figura é sempre encontrada, em qualquer mito que seja, correndo
por bosques, florestas e matas, livre como um pássaro, ensaiando suas
coreografias e cantando ao lado das ninfas que lhe são muito próximas.
Nas festas em homenagem à lua eram
sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a
presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é considerada tanto uma
prostituta sagrada quanto uma virgem responsável pelos partos, pois os mitos a
retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e ajudou a mãe a parir o
irmão Apolo. Embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis,
na verdade ela está associada á dupla faceta do feminino, que protege e
destrói, concebe e mata. Esta imagem da deusa é difundida especialmente na Ásia
Menor. Não se sabe exatamente onde e quando surgiu seu culto, pois os autores
que estudam o mito divergem quanto a este ponto.