Prof.° Elisonaldo Câmara
- História em Foco
- Mossoró/Guamaré / Pedro Avelino, Rio Grande do Norte, Brazil
- Graduado em História pela UERN, Especialista em Geo-História, professor do município de Guamaré e do Estado do Rio Grande do Norte.
terça-feira, 23 de junho de 2020
HISTÓRIA EM FOCO.: A História da Medicina.
A História da Medicina.
Quem nunca se viu necessitando de cuidados médicos ou do uso de medicamentos para recuperar a saúde? Mesmo aqueles mais renitentes não podem negar que uma consulta médica ajuda a tirar inúmeras dúvidas sobre a situação de nosso organismo. Não podemos imaginar como seriam nossas vidas sem a atuação desse profissional.
Já
imaginou um casal ter quer aguardar os nove meses de gestação para saber se a
criança é menino ou menina? Atualmente essa situação é quase que impossível. A
medicina, no sentido da formação de sua palavra, refere-se basicamente à arte
de curar, e sempre foi desenvolvida por agentes que se propunham a sanar os
males dos outros. Temos, assim, formas primitivas como, por exemplo, a do pajé,
que como curandeiro da tribo indígena receita e realiza procedimentos que
ultrapassam o corpo físico da pessoa. Alguns rituais são datados de
aproximadamente 10.000 anos atrás, onde já se realizavam operações para retirar
das pessoas o que lhes causavam mal, essas intervenções se chamavam trepanação
e provocavam pequenos buracos nos crânios dos indivíduos para a saída dos
espíritos que possivelmente seriam a causa de suas doenças.
A
medicina se constituiu em ciência na Grécia, com os primeiros relatos e
experimentos de Hipócrates, há mais de 2.500 anos. Naquela época acreditava-se
que os males do corpo eram consequência de um desequilíbrio dos líquidos
presentes no organismo. Com o crescimento de Roma, muitos médicos do mundo todo
se mudaram para lá a fim de desenvolver seus estudos. Porém um merece destaque,
o grego Galeno que, através da dissecação de animais, construiu um modelo
anatômico que foi empregado, a partir de então, para se estudar por comparação
o organismo humano.
No
Egito, o exercício da medicina se aperfeiçoou com uma estreita ligação com a
religião, afinal, os médicos atendiam aos Faraós, que eram considerados a
encarnação de deuses. Dessa forma, os egípcios desenvolveram várias técnicas de
tratamento de enfermidades e até emplastros feitos com vísceras de leões ou
elefantes. Graças às técnicas e trabalhos desenvolvidos por esses práticos e estudiosos,
temos a preservação dos corpos mumificados dos antigos faraós egípcios.
Durante
a Idade Média o grande desafio era vencer as imposições e as proibições da
religião que, ao propor que o corpo humano era sagrado, impedia que houvesse
dessecações e o próprio estudo das partes internas do organismo. Somente no
século XV (1401-1500) houve a autorização para realizar as primeiras
dissecações, os corpos escolhidos eram de criminosos condenados à morte. Mas
não era o bastante, alguns médicos realizavam aventuras como aguardar a
execução de uma pessoa para logo em seguida roubar seus corpos. Conta a
história que Vesalius, um médico belga, roubou um esqueleto esquecido numa
forca.
A medicina, com o fim das
imposições, se desenvolveu e, aliada à descoberta de outras ciências como a
biologia, a física, a química, além da própria sociedade em si, temos a ciência
que conhecemos atualmente.
FERREIRA, Fabricio Alves.
"A História da Medicina"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-historia-medicina.htm. Acesso em 08
de junho de 2020.
terça-feira, 16 de junho de 2020
HISTÓRIA EM FOCO.: A responsabilidade social dos cientistas.
A responsabilidade social dos cientistas.
A
história social da ciência testemunha a contribuição do desenvolvimento científico
para o progresso e bem-estar da humanidade. Inúmeras descobertas conduziram a
importantes avanços tecnológicos. Paradoxalmente, em alguns momentos da
história universal recente, o uso do conhecimento científico e tecnológico foi
responsável por grandes desastres e tragédias para a humanidade, entre os quais
se destaca o lançamento de bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945.
Para
o sociólogo Sérgio Adorno, coordenador da Cátedra Unesco de Educação para a
Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância, há várias questões a considerar
sobre as consequências sociais do desenvolvimento científico e tecnológico: a
aplicação da ciência para fins militares; o impacto do avanço tecnocientífico
no meio ambiente; a distribuição dos benefícios resultantes do progresso
tecnocientífico; e a difusão da ciência como problema da educação para a paz,
direitos humanos e tolerância. [...]
O
século XX assistiu a um crescimento da violência em escala jamais vista
anteriormente, com duas guerras mundiais na primeira metade do século e uma
Guerra Fria na segunda metade com conflitos localizados, mas nem por isso menos
violentos. Adorno lembra que a produção de armas químicas e biológicas, bem
como de artefatos nucleares para fins bélicos, tem ocupado permanentemente
parcela considerável da comunidade científica internacional: "A ideia
positivista de que o desenvolvimento científico e tecnológico atua sempre no
sentido de uma solução benéfica para a humanidade tem sido contestada pelos
fatos".
Novos
problemas vêm aflorando graças ao grande avanço nas ciências biológicas nas
últimas décadas. As mesmas técnicas destinadas a promover a cura e a prevenção
de enfermidades e a produção abundante de alimentos poderiam ser utilizadas
para grandes prejuízos à humanidade. Adorno considera que as discussões
bioéticas concentram-se, sobretudo nas áreas de organismos geneticamente
modificados (OGM), da biossegurança (com problemática do bioterrorismo e
enfermidades emergentes, como a gripe aviária) e no uso de células-tronco
embrionárias para fins terapêuticos.
Disponível em:
www.iea.usp.br/iea/cienciaesociedade.html. Acesso em: 25 mai. 2020.
terça-feira, 9 de junho de 2020
HISTÓRIA EM FOCO.: ARMAS DE DESTRUIÇÃO DE MASSA: BIOLÓGICAS, QUÍMICAS...
ARMAS DE DESTRUIÇÃO DE MASSA: BIOLÓGICAS, QUÍMICAS E NUCLEARES.
A
tecnologia usada hoje nas armas de guerra permite aos seres humanos
dizimar populações inteiras, silenciosamente. Não é preciso mais destruir
cidades ou causar contaminação, como aconteceu nas cidades de Hiroshima e Nagasaki,
em agosto de 1945.Depois desse lamentável episódio, outros coquetéis de
destruição, além da bomba atômica, foram testados por cientistas. A
humanidade chegou a armas químicas e biológicas. De forma bem resumida, qual é
a diferença entre elas?
Armas
biológicas são armas que transportam microrganismos vivos, bactérias e/ou
vírus para que, na hora do impacto, disseminem doenças contagiosas e dizimem
populações inteiras. Podem causar uma pandemia (doença epidêmica
amplamente difundida), porém a infraestrutura de uma cidade fica preservada.
Armas químicas são armas que transportam substâncias tóxicas irritantes
que atacam a orofaringe (uma das divisões da faringe), pele e tecidos de
animais e vegetais. Muitos destes compostos, após reação, produzem ácidos muito
fortes. Neste caso, a infraestrutura de uma cidade pode ser prejudicada e
possivelmente haverá contaminação do solo e do lençol freático.
Armas
nucleares são armas que transportam elementos radiativos que, por fissão
nuclear (quebra do núcleo atômico), liberam grande quantidade de energia,
destruindo a infraestrutura da cidade. Os efeitos radiativos alteram o código
genético do ser vivo. A bomba atômica é uma arma nuclear. Em termos de efeito
devastador, a pior entre as três armas é a biológica. No momento de sua
explosão, os microrganismos não são afetados e sua multiplicação bacteriana
e/ou viral se dá em progressão geométrica. Além disso, é difícil combater um
agente invisível.
Perseu Lúcio Alexander Helene de Paula*
Especial para o UOL – 14/07/200516h51 Acesso em: 9 jun. 2020.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
Fazendo história: O baú do bisavô de Tereza.
Tereza
é uma menina que gosta muito de ver fotografias de família. Coleciona fotos
antigas, especialmente de sua família ou de outras que tem ligação com a sua.
Porém, uma coisa a incomodava: ela não conheceu seu bisavô, que várias vezes
era lembrado por um parente, no entanto, Tereza não tinha nenhuma foto dele.
Sabia que ele viera de Portugal e construíra família no Brasil. Além disso,
sabia pouca coisa a respeito e não tinha a fisionomia dele na memória.
Movida
pela curiosidade, perguntava a vários parentes sobre seu bisavô e não conseguia
quase nenhuma informação. Até que um dia, ao visitar um tio que morava
distante, em outro Estado ficou sabendo algumas informações sobre seu bisavô. Começaram
a conversar sobre sua família, e soube que ele (seu tio), sendo o mais novo dos
filhos, havia ficado com um bauzinho deixado por sua mãe. Nesse baú, havia
pequenos objetos, documentos e anotações de seu bisavô.
Nessa
hora, seus olhos brilharam como nunca, e ela não quis saber de outra coisa a
não ser abrir o baú e esclarecer uma série de dúvidas acerca do seu bisavô. Seu
tio buscou o baú, e sem cerimônia o abriu, mas, com o cuidado necessário para
não danificar o conteúdo de objetos guardados com carinho há tantos anos.
Tereza,
com permissão do tio, retirava item por item do baú e procurava entender,
ajudada pelo seu tio, o significado do que ia encontrando. Colocou tudo em cima
de uma mesa para analisar o conjunto dos objetos e conhecer melhor a vida de
alguém que para ela fora muito importante, o seu bisavô. A lista de materiais
era muito grande, mas o suficiente para ampliar seu conhecimento em grande
escala e deixar abertas muitas portas para a investigação e curiosidade.