A
tecnologia usada hoje nas armas de guerra permite aos seres humanos
dizimar populações inteiras, silenciosamente. Não é preciso mais destruir
cidades ou causar contaminação, como aconteceu nas cidades de Hiroshima e Nagasaki,
em agosto de 1945.Depois desse lamentável episódio, outros coquetéis de
destruição, além da bomba atômica, foram testados por cientistas. A
humanidade chegou a armas químicas e biológicas. De forma bem resumida, qual é
a diferença entre elas?
Armas
biológicas são armas que transportam microrganismos vivos, bactérias e/ou
vírus para que, na hora do impacto, disseminem doenças contagiosas e dizimem
populações inteiras. Podem causar uma pandemia (doença epidêmica
amplamente difundida), porém a infraestrutura de uma cidade fica preservada.
Armas químicas são armas que transportam substâncias tóxicas irritantes
que atacam a orofaringe (uma das divisões da faringe), pele e tecidos de
animais e vegetais. Muitos destes compostos, após reação, produzem ácidos muito
fortes. Neste caso, a infraestrutura de uma cidade pode ser prejudicada e
possivelmente haverá contaminação do solo e do lençol freático.
Armas
nucleares são armas que transportam elementos radiativos que, por fissão
nuclear (quebra do núcleo atômico), liberam grande quantidade de energia,
destruindo a infraestrutura da cidade. Os efeitos radiativos alteram o código
genético do ser vivo. A bomba atômica é uma arma nuclear. Em termos de efeito
devastador, a pior entre as três armas é a biológica. No momento de sua
explosão, os microrganismos não são afetados e sua multiplicação bacteriana
e/ou viral se dá em progressão geométrica. Além disso, é difícil combater um
agente invisível.
Perseu Lúcio Alexander Helene de Paula*
Especial para o UOL – 14/07/200516h51 Acesso em: 9 jun. 2020.
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